Notícias do Hóquei

Um domingo histórico

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O domingo na Cidade Universitária foi um dia histórico!

O primeiro jogo do dia começou com Florianópolis e Interlagos brigando pelo bronze. Jogo pegado, de marcação constante e com o estreante Interlagos perdendo algumas boas chances de gol.

O Florianópolis, depois de ter perdido a semifinal para o Macau, não queria terminar o campeonato amargando a mesma posição do ano anterior e o Interlagos queria começar a sua história, enquanto clube, com uma conquista. Dois times de características totalmente diferentes, mas com um objetivo em comum: vencer.

Ao fim do tempo regulamentar, empate. As duas equipes já haviam enfrentado os shoot outs em situações diferentes. O Floripa havia conquistado uma vaga na semifinal ganhando a disputa contra o Londrina e o Interlagos viu o Desterro conquistar a vaga na final nas cobranças após o empate em 1 a 1 no tempo normal.

O Florianópolis tinha a seu favor a goleira Anna Luiza, consistente durante todo o campeonato e com moral elevada depois de ter se saído tão bem no shoot out anterior. O Interlagos nos apresentou Giselda Monteiro, que até aquele momento só havia atuado contra o Desterro na fase de grupos, e, para muitos, era uma escolha arriscada para aquela situação.

Ao fim das cobranças, com a vitória por 4 a 1 para o Interlagos, o a escolha se provou acertada. A equipe estreante garantiu seu lugar no pódio.

A final foi, para além de tudo, um jogo histórico. Dois times e duas histórias distintas. De um lado o Desterro, o maior campeão da história do hóquei brasileiro feminino com cinco títulos. Do outro lado as meninas do Macau, decididas em afirmarem sua força com a conquista do título em sua primeira final.

Durante o jogo Macau parecia sentir a pressão da final e o Desterro, acostumado àquele tipo de situação, imprimia o ritmo acelerado da partida. Enquanto o Macau buscava criar oportunidades, a defesa do Desterro se mostrava firme e segura. No fim do jogo, mais um empate e, antes mesmo das cobranças dos shoot outs começarem, já era possível ver as duas equipes com o olhar de dever cumprido por terem dado tudo de si durante o tempo normal.

Nas cobranças de shoot outs o Desterro contava com a grandeza de sua história e a experiência de suas jogadoras. Macau permanecia em seu mantra de força e se apegou à esperança presente no verde de sua bandeira pra acreditar na conquista. As cinco cobranças não se fizeram necessárias e com o placar de 3×1 o Macau Esporte Clube conquistou o título Brasileiro de 2016. Para coroar a conquista, melhor jogadora para a meia Sole Gimenez e melhor goleira para Bella Martins. A artilharia ficou com Delfina Granatto do Londrina.

O choro de aflição das meninas do Macau se tornou em alegria nos momentos seguintes. Elas haviam sido fortes o suficiente para acreditarem até o fim na esperança do verde, na força que sempre disseram ter e na certeza do título, que até o ano que vem será verde e branco.

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